Nestes últimos dias que antecedem a Páscoa, a procura por ovos de chocolate tende a aumentar nos supermercados, mas você sabia que cerca de 40% do valor dos tradicionais ovos de chocolate de Páscoa vão para tributos na composição do seu preço final?
Segundo um levantamento feito pelo advogado tributarista Samir Nemer, os produtos comercializados nessa época do ano apresentam uma carga tributária que em alguns casos, corresponde a mais da metade do valor pago pelo consumidor. O valor é composto por diferentes taxas, impostos e contribuições. Por exemplo, se um ovo de chocolate custa R$100, aproximadamente R$40 vão para impostos.
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o imposto sobre importação são os que mais pesam no valor desses itens.
“No caso do ovo de Páscoa o Pis corresponde a 1,65%, o Cofins 7,60%, ICMS 18% e o IPI 5%. Além disso 6,28% são referentes a taxas e alvarás de funcionamento. O que dá um total de 38,53%”, explica Samir.
Entre os itens com maiores cargas de impostos, estão o vinho importado (69,73%), o vinho nacional (54,73%) e o bacalhau importado (43,78), que costumam fazer parte do cardápio da Sexta-Feira Santa.
“De tudo que o Brasil produz, 33,9% do PIB vai para o Governo. Este é o maior nível da série histórica, iniciada em 2010. A alta reflete o fim dos incentivos fiscais implementados na pandemia e a recuperação econômica”, explica.