O suspeito Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como ‘Pelado’, “narrou em detalhes o crime e indicou onde enterrou os corpos”, um lugar “de muito difícil acesso” selva adentro, informou Eduardo Alexandre Fontes, chefe da Polícia Federal do Amazonas.
“Pela confissão e o lugar indicado, há grandes chances” de que os cadáveres sejam de Phillips e Pereira, “mas só teremos certeza após os exames” de identificação, completou.
Pelado, detido na semana passada, levou nesta quarta-feira a polícia até o lugar onde afirmou ter afundado a embarcação usada pelos dois desparecidos e enterrados os corpos.
Colaborador do jornal The Guardian, Phillips, de 57 anos, estava escrevendo um livro sobre a preservação ambiental na Amazônia.
Pereira, especialista da Funai (Fundação Nacional do Índio), atuava como guia de Phillips nesta região perigosa e de difícil acesso do Vale do Javari, uma região estratégica para os narcotraficantes, na qual também atuam garimpeiros, pescadores e madeireiros ilegais.
Um ativo defensor das comunidades indígenas, Pereira havia recebido ameaças desses grupos criminosos que invadem as terras protegidas para explorar seus recursos.
Ambos foram vistos pela última vez no domingo, 5 de junho, enquanto navegavam pelo rio Itaquaí.