Na próxima segunda-feira (26), é o Dia Nacional dos Surdos, uma data de reflexão a respeito dos direitos e da inclusão das pessoas surdas na sociedade. A data foi instituída pelo decreto de lei nº 11.796 em 29 de outubro de 2008.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de pessoas têm alguma deficiência auditiva no país, entre as quais 2,7 milhões são completamente surdas.
De acordo com a fonoaudióloga, Luciana Bramati, diversas conquistas já foram alcançadas, como o reconhecimento da Libras como meio legal de comunicação e expressão, a obrigatoriedade do ensino de Libras na formação de professores, a obrigação do ensino bilíngue para crianças com deficiência auditiva e a obrigatoriedade da presença de um intérprete de Libras nos órgãos públicos.
Luciana esclarece que a surdez acomete, principalmente, a faixa dos 60 anos de idade, sendo que 9% nascem com a condição e 91% adquirem ao longo da vida. É uma deficiência que se agrava com o passar dos anos e, considerando o processo de envelhecimento da população brasileira, a tendência é que os números aumentem.
Atualmente existem aparelhos auditivos que devolvem audição para quem tem perda auditiva. Contudo, ainda existe o preconceito e a não adesão ao aparelho.
“Não tenha vergonha do seu aparelho auditivo. Ele é maravilhoso e é uma preciosidade. Atualmente temos tecnologias que tornam os aparelhos auditivos cada vez menores e imperceptíveis. O que realmente importa é ouvir bem, ter qualidade de vida e convívio social” destaca, Luciana.
Porém, ainda há muito a se fazer para garantir a total inclusão das pessoas surdas no Brasil, e a data serve para nos lembrar disso e promover o diálogo sobre o assunto.