O comitê da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) está em alerta com a possível perda de votos de mulheres na reta da final da campanha a 5 dias do segundo turno.
O episódio da prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, que resistiu à prisão dando 50 tiros de fuzil, jogando 3 granadas na equipe da PF e ferindo dois policiais federais pode tirar votos de mulheres. Esse eleitorado é o mais resistente às alas radicais que apoiam Jair Bolsonaro, como os armamentistas .
A campanha concluiu que o desfecho da prisão de Jefferson o consolida como o personagem mais bélico do bolsonarismo. Aliados armados e disparando contra a polícia afastam eleitores moderados mas, em especial, as mulheres – que resistem ao armamento propagado por bolsonaristas por verem nessa política uma ameaça à seus filhos e à suas famílias como um todo.
Integrantes da campanha disseram que o episódio em si já seria motivo de atenção mas virou ponto de alerta extremo após o QG da reeleição detectar, em levantamentos internos , os prejuízos já registrados com a fala de Bolsonaro no episódio do ‘pintou um clima’ sobre as meninas venezuelanas. Ou seja: Os números mostram estagnação, ou seja, que Bolsonaro deixou de crescer no eleitorado feminino . Segundo integrantes da campanha, “deixar de crescer para quem precisa ganhar mais votos é sinônimo de perder”.
E que será preciso construir uma estratégia para angariar votos de mulheres, o que ficou especialmente difícil após o ‘pintou um clima’ e os ’50 tiros de fuzil’ de Roberto Jefferson. No caso do ex-deputado, aliados entendem que, apesar de tentativa, é impossível separar a imagem do presidente da do ex-deputado – o mais bélico personagem do bolsonarismo.