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Adversários de Bolsonaro e jornalistas foram alvos de servidores da Abin presos pela PF

Grupo teria usado sistema espião entre 2018 e 2021, durante gestão de Alexandre Ramagem

Publicada em 20/10/23 às 10:48h - 42 visualizações

por TVSUL


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 (Foto: Ex-presidente Jair Bolsonaro 20/06/2022REUTERS/Ueslei Marcelino)

Adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e jornalistas estão entre os alvos do monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a investigação, o grupo usava sistema de geolocalização para monitorar localização e ligações telefônicas.

Policiais, advogados, juízes e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) também teriam sido espionados. Dois servidores da Abin foram presos e cinco foram afastados durante operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (20).

O programa espião em questão é o FirstMile. A ferramenta israelense teria sido utilizada de forma irregular entre dezembro de 2018 e 2021. Mas com mais intensidade neste último ano, pouco antes da pré-campanha eleitoral.

Em nota, a Abin afirma “o contrato 567/2018, de caráter sigiloso, teve início em 26 de dezembro de 2018 e foi encerrado em 8 de maio de 2021.” O diretor da Abin nesse período era Alexandre Ramagem, hoje deputado do mesmo partido do ex-presidente Bolsonaro, o PL.

A Agência Brasileira de Inteligência é o órgão responsável por produzir conteúdos que são repassados ao presidente da República para auxiliar em tomadas de decisões. Alertas, ameaças e boletins são produzidos e enviados de forma direta.

O uso do programa espião de forma irregular foi revelado em março pelo jornal O Globo, o que motivou a abertura de inquérito na Diretoria de Inteligência da PF.

Programa espião

Cerca de 10 mil proprietários de celulares, por ano, podem ter sido monitorados sem a autorização judicial, segundo a Polícia Federal.

A ferramenta israelense solicitava que fosse digitado o número do contato e, a partir disso, poderia ser acompanhado em um mapa, com as redes 2G, 3G e 4G, a última localização do dono do aparelho.

O programa permitia que fosse rastreado o paradeiro de alguém com os dados que eram transferidos do celular para torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões. Com essas informações, era possível ver o histórico de deslocamentos e criar “alerta em tempo real” de movimentações em diferentes endereços.

Segundo as investigações, os dois servidores da Abin — que mantinham seus cargos até hoje — chegaram a usar o conhecimento sobre o uso indevido como meio de coerção para evitar demissão em processo administrativo disciplinar.

Procurada, a Abin ainda não comentou a operação. A CNN também procurou o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e a defesa do ex-presidente Bolsonaro, mas ainda não teve retorno.





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