NO AR

REDE TVSUL

redetvsul.com

Brasil

Lula assina projeto de Lei Antifacção e propõe penas de até 30 anos para integrantes de facções criminosas

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta diz que projeto é uma das prioridades para ser votado.

Publicada em 01/11/25 às 13:28h - 16 visualizações

por REDE TVSUL


Compartilhe
 

Link da Notícia:

 (Foto: Divulgação)
O presidente Lula (PT) assinou nesta sexta-feira (31) o projeto de lei antifacção. A medida é a principal aposta do Ministério da Justiça para tentar sufocar o crime organizado. Confira os principais pontos.
A proposta, que foi publicada em edição extra do Diário Oficial na nesta sexta, foi enviada à Câmara dos Deputados. De acordo com o governo, o projeto foi encaminhado com pedido de urgência.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) diz que o projeto é uma das prioridades para ser votado.
Nas redes sociais, o presidente Lula disse: "Assinei e envio hoje ao Congresso Nacional o Projeto da Lei Antifacção [...], que eleva para até 30 anos as penas para quem integra as facções criminosas que dominam muitos bairros e comunidades."
"O projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções. [...] As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder. Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar. Por isso, confio no empenho dos parlamentares para a rápida tramitação e aprovação destes nossos projetos."
Um dos pontos é que, agora, a organização criminosa qualificada será chamada de facção criminosa na lei.
A medida foca em dois eixos principais:
o aumento das penas para quem participar de organizações criminosas - um ponto que gerou resistência interna no governo;
e a criação de novas ferramentas de investigação.
O ponto central do projeto é dar ao Estado mecanismos para "asfixiar o dinheiro" das facções. Para isso, o texto prevê, entre outras medidas, a infiltração de policiais em empresas suspeitas de serem usadas para lavar o dinheiro do crime.
Uma medida que constava das versões iniciais da proposta, no entanto, foi retirada do texto final assinado por Lula: a criação de um mecanismo de proteção para juízes e policiais que investigam o crime organizado.
Segundo a apuração, o item foi suprimido porque o tema já foi contemplado em outro projeto de lei, de autoria do senador Sérgio Moro (União-PR), que foi sancionado na quinta-feira (30) pelo presidente.
Projeto antifacção
A assinatura do projeto antifacção é uma resposta direta do governo federal à crise de segurança e à megaoperação no Rio de Janeiro. A proposta, que segue para o Congresso, foca em duas frentes principais: endurecimento das penas e novas ferramentas de investigação.
Na versão original, no eixo da punição, o texto eleva a pena máxima para o crime de organização criminosa, que saltaria dos atuais 8 anos para 20 anos. Em casos que envolvam o uso de violência grave - como o visto na operação no Rio - a pena máxima pode chegar a 30 anos.
Além disso, o projeto do Ministério da Justiça busca facilitar a investigação financeira. A proposta prevê mecanismos como a infiltração de policiais e de colaboradores (delatores) nas organizações criminosas e até a criação de empresas fictícias pelo poder público, que fingiriam ser parte do esquema para conseguir desbaratá-lo por dentro. O texto também estabelece regras para manter essas atuações em sigilo.
Segundo o governo, os principais pontos são:
Criação do crime de facção criminosa:
- define na lei o termo "facção criminosa", hoje inexistente na legislação;
- prevê pena de 8 a 15 anos para quem exercer controle territorial ou econômico com violência ou ameaça;
- homicídios ligados a facções passam a ser considerados crimes hediondos, com pena de 12 a 30 anos.
Agravamento de penas em casos específicos:
- penas maiores para facções com atuação transnacional ou conexão com outros grupos criminosos;
- aumento de pena quando houver domínio territorial ou prisional;
- punição mais severa para crimes contra agentes de segurança.
Fortalecimento da investigação policial:
- autoriza infiltração de policiais e colaboradores em facções;
- permite acesso a dados de geolocalização em casos de ameaça à vida;
- cria o Banco Nacional de Facções Criminosas para organizar informações sobre organizações criminosas.
Medidas contra infiltração no poder público:
- afastamento judicial imediato de agentes públicos suspeitos de ligação com facções;
- condenados ficam proibidos de contratar com o Estado ou receber benefícios fiscais por 14 anos.
Sufocamento financeiro do crime organizado:
- facilita apreensão de bens e intervenção em empresas ligadas a facções;
- permite bloqueio de operações financeiras e suspensão de contratos públicos suspeitos.
Restrição à comunicação e poder prisional das facções:
- autoriza monitoramento do parlatório em presídios;
- permite transferência imediata de presos de facções, sem autorização judicial, em casos de motim ou risco à ordem.
Cooperação nacional e internacional:
- reforça cooperação policial internacional, sob coordenação da Polícia Federal;
- amplia parceria com o setor privado para fornecer dados e informações em investigações.



ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:








Anuncie conosco

Visitas: 978731
Usuários Online: 60
Copyright (c) 2025 - REDE TVSUL