No caso do ônibus, um homem morreu após carro em que estava ser atingido pelo veículo consertado por Everaldo.
Everaldo Lima Lins, motorista que atropelou e matou o idoso João Ksiozek Filho, de 69 anos, é o mecânico que liberou um ônibus que apresentou uma falha mecânica e causou um engavetamento com 10 veículos e uma morte em Curitiba, segundo o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
O acidente que matou João Ksiozek Filho foi em 11 de março, na capital. Everaldo, segundo a polícia, confessou que estava bêbado no momento do atropelamento, que foi filmado.
Já o engavetamento que aconteceu após Everaldo liberar um ônibus com problema foi em dezembro de 2024. Na ocasião, o empresário Marcos Antônio Lazario, de 49 anos, morreu. O g1 tenta identificar a defesa de Everaldo.
De acordo com o delegado Edgar Santana, o engavetamento do ano passado ainda é investigado. A corporação aguarda laudos periciais do Instituto de Criminalística para poder concluir o inquérito. Relembre abaixo.
No caso mais recente, que vitimou João Filho, Everaldo Lima Lins foi preso em flagrante no local do atropelamento, mas solto na quinta-feira (13) após decisão da Justiça.
As imagens da batida mostram que o idoso caminhava pela calçada ao lado de um cruzamento, no bairro Santa Quitéria. De repente, o motorista aparece descendo um cruzamento. Ele não fez a curva, seguiu reto e bateu contra a vítima. Em seguida, atingiu um muro.
João Filho chegou a ser socorrido pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas não resistiu aos ferimentos e morreu um dia depois. Enquanto o velório da vítima acontecia, Everaldo recebeu o alvará de soltura. A família lamentou a decisão da Justiça.
"É revoltante você estar aqui velando meu pai, todo mundo sofrendo. A prisão não vai reparar. Mesmo que ele ficasse preso por muito tempo, não ia refazer o dano, ocupar o espaço, corrigir, trazer meu pai de volta... Mas saber que ele está sendo liberado e que ele pode ficar solto dá uma sensação de impunidade maior. Não foi um acidente, isso foi um homicídio", desabafou Felipe Rufino, filho do idoso.
De acordo com a família, no dia do atropelamento, João saiu de casa para comprar pão. Ele fazia aquele caminho quase todos os dias.