Curitiba - Cerca de 10 dias após o rapto da pequena Eloah, em Curitiba, e da prisão da mulher suspeita, novas mães revelaram tentativas de crimes contra crianças. Com a exposição do rosto de Leandra, populares procuraram a equipe de reportagem do Domingo Espetacular, da Record TV, para relatar ocorrências.
Além do rosto da suspeita, algumas mães reconheceram o veículo do modelo Fiat Argo utilizado por Leandra. Uma das mães, que sofreu uma tentativa de rapto, não teve dúvidas ao ver o veículo branco da mulher. “É um carro daquele dali mesmo, não tinha nada de placas. Mulher sem-vergonha”, enviou uma mãe para uma vizinha.
Já uma moradora de Araquari, no estado de Santa Catarina, contou que a mulher presa pelo rapto de Eloah já tentou aplicar o mesmo golpe, se passando por agente de saúde para conseguir informações sobre as filhas.
“Na hora eu reconheci que era a mulher que tinha vindo na minha casa se passando por agente de saúde. Certeza, tanto que fiquei passando mal quando eu vi”, contou a mãe que não será identificada.
A mãe ainda completou relatando que a mulher suspeita tinha informações sobre as meninas e estava acompanhada de outra mulher. “Ela sabia que as meninas eram especiais, as quatro tinham autismo, e sabia que elas estavam precisando de neurologista”, completou.
Em Campo Largo e em Curitiba também foram registrados relatos de mães que viram a mulher suspeita. Um dos casos aconteceu no dia 22 de janeiro, um dia antes de Eloah ser raptada no bairro Parolin, em Curitiba.
Na última sexta-feira (31), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito sobre o rapto da menina Eloah. A investigação apontou que Leandra agiu sozinha e forjou uma carta, onde supostamente a mãe de Eloah teria entregue a filha para ela cuidar.
“Chamamos os pais da criança, colhemos o padrão de escrita, a grafia, enviamos para a Polícia Científica e foi comprovado tecnicamente que nenhum dos pais escreveu esta carta. De fato, foi ela quem escreveu, com o intuito de justificar a conduta dela”, declarou o delegado Thiago Teixeira.
O delegado também revelou que pessoas próximas a Leandra confessaram o desejo da mulher em ter uma filha menina. “Ouvimos algumas pessoas que conheciam ela anteriormente e essas pessoas relataram que ela reclamava que não conseguia engravidar, que já tinha um filho maior de idade e queria ter uma filha. Mas como não conseguiu, isso a motivou a praticar este crime”, completou.
Leandra segue presa preventivamente. A equipe de defesa da mulher tenta a liberdade provisória.
Assista ao vídeo da reportagem: