A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Foz do Iguaçu na manhã desta quinta-feira (4), durante a deflagração da Operação Traccia. A ação, autorizada pela 14ª Vara Federal Criminal de Curitiba, também ocorreu em Curitiba e São Paulo.
As investigações apontam que um núcleo familiar com sede em Curitiba estruturava e coordenava uma rede de logística para o recebimento, armazenagem e distribuição de mercadorias oriundas da fronteira com o Paraguai. Entre os bens ilícitos movimentados estão celulares, cigarros eletrônicos e cigarros industrializados estrangeiros.
Segundo a PF, o grupo utilizava transportadoras e operadores logísticos para movimentar as cargas. Parte do material era repassado ao comércio de Curitiba, enquanto outra parcela seguia para São Paulo, ampliando o alcance da suposta rede criminosa.
Durante o cumprimento das buscas, o principal investigado tentou destruir seu celular para eliminar possíveis provas contra si. A conduta pode caracterizar crime de obstrução de justiça, previsto no artigo 2º, §1º, da Lei 12.850/2013. Caso seja comprovado o dano ao equipamento, ele responderá criminalmente por essa prática.
Além disso, a operação resultou na apreensão de bens ligados a indícios de lavagem de dinheiro, medida que busca descapitalizar a estrutura criminosa e assegurar patrimônio para eventual reparação de danos e confisco judicial.
O nome da operação, “Traccia”, vem do italiano e significa “rastro”, em referência ao trabalho investigativo que seguiu os movimentos financeiros e logísticos do grupo.





