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Assassinato de Prigozhin foi armado por aliado de Putin, diz jornal norte-americano

Nikolai Patrushev, um ex-espião ligado ao líder russo, teria organizado o ataque contra o chefe do grupo Wagner; Kremlin nega

Publicada em 23/12/23 às 17:05h - 24 visualizações

por TVSUL


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 (Foto: Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS)

Reportagem publicada nesta quinta-feira (22) pelo jornal norte-americano “The Wall Street Journal” afirma que um antigo aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, armou o assassinato de Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, que se insurgiu contra o governo russo.

Segundo a publicação, a ação levou dois meses para ser organizada e aprovada pelo ex-espião Nikolai Patrushev, de acordo com funcionários da inteligência ocidental e um ex-oficial da inteligência russa. O papel de Patrushev como condutor do plano para matar Prigozhin não tinha sido relatado anteriormente.

O Kremlin negou envolvimento na morte de Prigozhin.

Horas depois do ataque, diz a reportagem, um europeu envolvido no recolhimento de informações e que mantinha um canal secundário de comunicação com o Kremlin e viu a notícia sobre o acidente e perguntou a um funcionário local o que tinha acontecido.

“Ele teve que ser removido”, teria respondido o funcionário do Kremlin sem hesitação.

Kremlin via Prigozhin como um risco

Ainda de acordo com “The Wall Street Journal”, Patrushev havia alertado Putin durante muito tempo que a confiança depositada por Moscou no Grupo Wagner para atuar na Ucrânia dava a Prigozhin demasiada influência política e militar que ameaçava cada vez mais o Kremlin.

Muitos dos países onde o Grupo Wagner estava presente possuem grandes reservas de recursos naturais. Segundo apuração , no Sudão, por exemplo, e na República Centro-Africana (RCA), foram concedidos direitos de exploração de minas de ouro e diamantes a empresas ligadas a Prigozhin.

Na Síria, os mercenários do grupo garantiram a segurança em campos de petróleo em troca uma porcentagem dos lucros.

O grupo também foi chamado para atuar na guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Enquanto muitas tropas regulares russas tiveram contratempos no campo de batalha, os combatentes de Wagner pareciam ser os únicos capazes de fazer progressos tangíveis.

Seus desentendimentos com os altos escalões da Rússia vieram a público oficialmente durante a batalha implacável por Bakhmut, na Ucrânia, durante a qual ele repetidamente acusou a liderança militar de não fornecer munição suficiente às suas tropas.

O conflito entre a liderança militar de Moscou e Yevgeny Prigozhin explodiu em uma insurreição aberta que mergulhou a Rússia em incertezas e na ameaça de guerra civil.

Em 23 de junho deste ano, Prigozhin acusou abertamente os militares da Rússia de atacar um acampamento do grupo Wagner e matar uma “grande quantidade” de seus homens. Ele prometeu retaliar com força.

A trama de Prigozhin envolvia a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército Valery Gerasimov quando a dupla visitou uma região ao longo da fronteira com a Ucrânia.

Prigozhin divulgou um vídeo dizendo que suas forças bloqueariam Rostov-on-Don, a menos que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o principal general da Rússia, Valery Gerasimov, fossem encontrá-lo.

Horas depois, Putin fez um discurso à nação que ilustrou a profundidade da crise. “Aqueles que seguem deliberadamente o caminho da traição preparando uma rebelião armada serão punidos”, disse Putin.

O presidente russo disse que “qualquer turbulência interna é uma ameaça mortal ao nosso Estado para nós como nação; é um golpe para a Rússia por nosso povo e nossas ações para proteger nossa pátria. Tal ameaça enfrentará uma resposta severa”.

Mas Prigozhin respondeu, dizendo no Telegram que o presidente estava “profundamente enganado”. “Ninguém vai se entregar a pedido do presidente ou de quem quer que seja”.

Cerca de 36 horas depois, Prigozhin concordou em deixar a Rússia para o vizinho Belarus em uma negociação mediada pelo presidente do país, Alexander Lukashenko.

Segundo “The Wall Street Journal”, poucos no Kremlin acreditavam que Prigozhin escaparia impune de um motim armado sem consequências. E estavam certos.

Quem é Nikolai Patrushev

Segundo o jornal, Nikolai Patrushev, de 72 anos, subiu ao topo ao interpretar as políticas de Putin e ao executar as suas ordens. Ao longo dos mandatos de Putin, ele expandiu os serviços de segurança da Rússia e aterrorizou os seus inimigos com assassinatos no país e no exterior.

Mais recentemente, seu filho Dmitry, um antigo banqueiro, foi nomeado ministro da Agricultura e é apontado por alguns como um potencial sucessor de Putin.

Tal como Putin, Patrushev juntou-se aos serviços de espionagem na década de 1970 e manteve-se no serviço durante o colapso da União Soviética, quando outros oficiais migraram para empregos mais lucrativos no nascente setor privado da Rússia.

Patrushev mergulhou no mundo da espionagem ainda jovem na cidade soviética de Leningrado, hoje São Petersburgo. Recrutado para o KGB depois de se formar em engenharia, frequentou a academia do serviço de espionagem em Minsk. Logo trabalhou na contraespionagem e como oficial responsável pela segurança numa região fronteiriça com a Finlândia.

Quando Yeltsin nomeou Putin para ser primeiro-ministro em 1999, Putin recomendou Patrushev como seu substituto para liderar a nova versão do KGB, o FSB.

A ascensão de Putin à presidência no ano seguinte reforçou a autoridade de Patrushev.

(Publicado por Salma Freua, com informações da CNN Internacional)

23/12/2023 




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