Um menino de 2 anos surpreendeu moradores e médicos após reagir ao ataque de uma cobra naja e matá-la com uma mordida. O episódio ocorreu enquanto a criança brincava dentro de casa na vila de Bankatwa, no estado de Bihar, na Índia.
Segundo a família, a serpente — com cerca de um metro de comprimento — se enrolou no braço do menino e tentou picá-lo. Sem chorar ou pedir ajuda, ele reagiu instintivamente, mordeu a cabeça do animal e o matou.
A criança foi levada ao hospital e chegou a apresentar sinais de envenenamento, já que engoliu parte do veneno durante a reação. Após a aplicação do soro antiofídico, o menino se recuperou e recebeu alta.
O caso chamou atenção pela letalidade do veneno da naja, considerado altamente perigoso. O composto é neurotóxico e pode causar paralisia, falência respiratória e morte em poucas horas. Em algumas espécies, o veneno também provoca necrose, além de poder ser lançado à distância, atingindo principalmente os olhos.
Perigo e simbologia
As najas pertencem ao gênero Naja e são reconhecidas pelo capelo que se abre quando o animal se sente ameaçado. A espécie está presente em áreas rurais e urbanas de países da África e da Ásia, onde costuma caçar roedores, sapos e pequenos répteis.
Apesar da fama, especialistas alertam que esse tipo de cobra raramente ataca sem provocação e costuma evitar o confronto. Por outro lado, a expansão de áreas habitadas faz crescer o número de encontros entre humanos e serpentes venenosas.
A naja é um dos répteis mais antigos do mundo e, além do risco biológico, carrega forte simbolismo cultural. No Egito Antigo, era associada à proteção dos faraós. Hoje, ainda aparece em rituais, tatuagens, cinema e nas tradicionais apresentações de encantadores de serpentes.
Mesmo tóxicas, as najas desempenham papel importante no equilíbrio ambiental ao controlar populações de roedores e pragas agrícolas. Por isso, campanhas de conscientização em regiões onde a espécie é comum tentam reduzir acidentes e orientar a busca rápida por atendimento médico em caso de picada.
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