O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse em entrevista que está claro para o eleitor que ele é o principal opositor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o programa RIC Notícias Opinião desta quinta-feira (27), o ex-juiz falou que ainda não decidiu se vai ou não ser candidato a governador do Paraná nas eleições de 2026.
O instituto Paraná Pesquisas divulgou um levantamento nesta quinta, que aponta o cenário político no estado para 2026. Moro aparece com 49% das intenções de voto, enquanto Rafael Greca tem 26%, Guto Silva, 6,1% e Enio Verri, 5,2%. O senador comentou a pesquisa e disse que ela dá um conforto, mas que tudo depende do trabalho feito no Congresso.
“O foco do meu trabalho é o Senado Federal. É muito gratificante ver o reconhecimento do paranaense que fizemos, antes como juiz e agora como senador. Tenho um posicionamento político claro. Quem é a oposição ao PT no Paraná sou eu. O paranaense tem essa certeza. Caso o pior aconteça e Lula seja reeleito, o eleitor quer ter a certeza de que o estado não vai ter um governador aliado ao governo”, disse Moro.
Ao ser questionado pela jornalista Camila Andrade, o ex-juiz da Operação Lava-Jato disse que a decisão de ser ou não candidato ao governo nas próximas eleições será tomada mais para frente.
“O anúncio oficial será feito mais adiante, de preferência no ano eleitoral. O foco até lá é atender o eleitor que votou em mim e também a todos os paranaenses”, afirmou o político.
Sergio Moro fala sobre denúncia contra Jair Bolsonaro
O senador paranaense também comentou sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Moro criticou a postura econômica de Lula e disse que as acusações contra Bolsonaro tiram o foco do atual governo.
“O foco da política pública deveria ser para esses problemas (econômicos). As denúncias contra o ex-presidente acabam tirando o foco do que realmente importa, que são os fracassos do governo Lula”, criticou.
Além disso, o político sugeriu que o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhe o caso para a primeira instância, já que a maioria dos acusados não tem foro privilegiado.
“Quer goste ou não dos acusados, existe uma questão de devido processo e julgamento justo. Há uma impressão generalizada de que existe dúvida se os julgamentos serão parciais. Então, por que não mandar para a primeira instância?”, falou o ex-juiz.
Sergio Moro criticou também o excesso de punição em alguns casos contra os acusados dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. “Tem que ser proporcional à responsabilidade. Não pode pegar uma senhora de idade e dar 17 anos de prisão”, afirmou.