Depois de receber parcela em atraso do Porto pela venda de Pepê via Fifa, o Grêmio foi cobrado pelo Foz do Iguaçu, clube paranaense que revelou o atacante, que alega não ter recebido a quantia que lhe corresponde deste pagamento. Além do mecanismo de solidariedade, a equipe tem direito a cerca de R$ 30 milhões do montante da transferência.

No acordo de parcelas da transferência, os gaúchos receberiam antes dos paranaenses. Nos últimos pagamentos, a verba seria repassada. Em contato informal, para ajudar o Foz do Iguaçu na montagem do elenco da terceira divisão, em 2021, o Tricolor adiantou R$ 1 milhão da quantia prevista do montante inicial. Por direito, previsto no contrato de venda, R$ 500 mil necessitam ser enviados agora.

A direção gremista confirma que recebeu os valores após acionar a entidade que comanda o futebol mundial. Porém, até o momento, o Foz não recebeu os valores a que tem direito e informalmente fez consultas aos responsáveis na Arena pelas finanças, mas não obteve respostas. A direção tricolor alega que o prazo para repassar a quantia aos paranaenses ainda não expiro.

— Não há absolutamente nenhum atraso de pagamento do Grêmio junto ao Foz do Iguaçu Futebol Clube no que se refere à transação envolvendo o atleta Pepê. Ao contrário, o Grêmio, em ato de mera liberalidade, realizou adiantamento de parte do valor, antes que o mesmo fosse devido. Nos termos do contrato, o Grêmio deve repassar ao clube paranaense o valor que lhe for devido em até 10 dias a contar do efetivo recebimento. Prazo este que não se encontra expirado — diz Carlos Amodeo, CEO do clube.

Em 2022, os portugueses terminarão de quitar todos os débitos pelo jovem atacante. Desta forma, a equipe paranaense espera formar o elenco para tentar retornar à elite do futebol paranaense. O objetivo do Foz do Iguaçu é alcançar nos próximos anos, impulsionado pelos investimentos oriundos da venda de Pepê, no mínimo, a Série B do Brasileirão.