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Vereadora precisa deixar São Miguel do Oeste após ameaças; PGE pede investigação

Publicada em 04/12/22 às 17:32h - 78 visualizações

por TVSUL/NDMAIS


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 (Foto: Após ataques a vereadora de São Miguel do Oeste, Procuradoria-Geral pede investigação. — Foto: Internet/Maria Tereza/Reprodução/ND)

Além da vereadora de São Miguel do Oeste, Maria Tereza Capra (PT), uma parlamentar do MT também foi atacada e os casos serão apurados

PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral), por meio do Grupo de Trabalho Violência Política de Gênero, enviou ao MPSC (Ministério Público Eleitoral em Santa Catarina) uma notícias-crime com relatos de possível violência política de gênero. O crime teria sido praticada contra a vereadora Maria Tereza Zanella Capra (PT), que precisou deixar São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, devido às ameaças.
Além de Maria Tereza, outro caso, da vereadora Graciele Marques dos Santos (PT), de Sinop/MT, também é apurado. A PGE solicitou ao Ministério Público do Mato Grosso que investigue as ameaças sofridas pela parlamentar. Os ataques à vereadora iniciaram na manhã de segunda-feira (28).

Nos documentos, a procuradora regional da República, Raquel Branquinho, solicita a apuração dos casos, além de providências com relação a eventuais medidas de segurança para as vítimas e familiares.

Maria Tereza conversou com a equipe de reportagem do portal ND+ e confirmou que ela e a família precisaram sair de São Miguel do Oeste, onde morava, pois estava sofrendo ameaças. A vereadora disse ainda que está impedida de exercer a atividade profissional como advogada em função da situação.

Nos dois casos, Raquel Branquinho destaca que o quadro narrado é bastante grave e pode ter colocado em risco a própria segurança física das parlamentares. Segundo a coordenadora, “as condutas, em tese criminosa, dos agressores relacionam-se, segundo noticiado, à atuação política das parlamentares municipais. Esses atos podem caracterizar a hipótese criminal tipificada no artigo 359-P do Código Penal, entre outros ilícitos, caso estejam presentes elementos de violência física ou psicológica”.

O que aconteceu em Santa Catarina?

Em São Miguel do Oeste, Maria Tereza Zanella Capra sofreu intimidações e ameaças de agressão física à vereadora, além de xingamentos. Os ataques foram em razão das críticas de Capra aos gestos de manifestantes cantando o Hino Nacional em frente à sede do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro.

Segundo a parlamentar, em um vídeo compartilhado nas redes saciais, ao estender a mão para frente, acima da linha do ombro, os manifestantes teriam repetido gestos de saudação nazista. Na época, a vereadora pediu providências às autoridades por considerar que se tratava de uma suposta prática de crime de apologia ao nazismo.

Para Raquel Branquinho, conforme divulgado pela PGE, a situação descrita está impactando no desenvolvimento dos trabalhos da vereadora, que se sente ameaçada e insegura em razão das ameaças que noticiou originariamente e que, segundo parlamentares que noticiaram o fato, ainda sofre.

Investigação do MPSC

O  MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), investigou as manifestações no início de novembro. O caso foi registrado logo após o resultado das eleições, onde ocorreram manifestações que contestavam o resultado das urnas.

“Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas para a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos”, esclarece a coordenadora do Gaeco de São Miguel do Oeste, Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes.

Após investigação preliminar, o MPSC informou que o gesto não representava saudação nazista. Mas o caso segue sendo acompanhado pelo Necrim (Núcleo de Enfrentamento a Crimes Raciais e de Intolerância).

Caso de Mato Grosso

No caso de Sinop, a vereadora Graciele Marques dos Santos foi atacada, na manhã de segunda-feira (28), por um grupo de manifestantes que invadiu a Câmara Municipal da cidade.

No caso, os ataques teriam sido motivados após circular uma “fake news” de que a vereadora iria protocolar um projeto de lei para retirar os acampamentos da cidade.

Graciele é a única mulher entre os 15 vereadores dessa Casa Legislativa, o que, segundo a investigação, “evidencia a sua situação de vulnerabilidade de gênero”, salienta a coordenadora Raquel.




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