O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou ação penal contra o responsável por uma empresa de investimentos apontada por prometer juros elevados para supostamente induzir as vítimas a efetuar falsas aplicações em criptomoedas. A informação foi divulgada pelo órgão na quinta-feira (30).
Na ação, a 18ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital acusa o empresário por seis crimes de estelionato e pelo crime de lavagem de dinheiro. O homem está preso preventivamente, conforme o MPSC.
Entre 2021 e 2022, o suposto esquema teria movimentado mais de R$ 6 milhões, que circularam na conta da empresa e nas contas da pessoa física do empresário. A reportagem tentou contato com a empresa por e-mail e telefone, mas não houve retorno até a última atualização.
O Ministério Público informou que a denúncia já foi recebida pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, o que torna o acusado réu na ação penal.
Segundo o MPSC, as vítimas firmavam um contrato de locação de ativos digitais com a empresa por 12 meses, cujo rendimento mensal poderia chegar a 10% sobre o valor inicial investido. Assim, a empresa ofertava a possibilidade de receber o dinheiro dos clientes por transferência bancária, dinheiro ou bitcoin.
No último caso, o contratante adquiria a criptomoeda em uma corretora indicada pelo empresário e repassava a custódia do ativo digital à empresa.
Após receber o valor acordado, a empresa realizou, para algumas vítimas, o pagamento de juros mensais. No entanto, não foi possível resgatar o valor inicial investido.
"Pelo menos seis pessoas teriam sido enganadas desta forma, o que configuraria os crimes de estelionato", informou o MPSC.
O empresário é apontado por depositar os ganhos dos golpes nas próprias contas e transferir para outros destinatários ou investimentos, até agora não identificados. Ele também teria ocultado os valores com a aquisição de bens móveis e imóveis de luxo.
Por g1 SC